sábado, 12 de dezembro de 2009
...para ama-lo
Quem será aquele a passos de distancia? Daqui posso vê-lo.
Sim, neste exato momento, lá está ele, sentado em sua cadeira, o boné na cabeça.
Meu mundo nunca passou de uma fantasia. Uma doce e triste fantasia...
Sonhos, amigos, desejos - eu mesmo - tudo um turbilhão de ilusões desesperadas de uma alma cujas esperanças não resistem ao tique-taquear opressor da passagem do tempo.
Olho através do vidro a chuva caindo lá fora.
Minhas asas se abrem, o vazio da noite me convidando para uma última dança.
O último vôo de Ícaro, e a cera de minhas asas sórdidas de desejos mundanos, sujos, perversos se derrete, enquanto meu corpo cai no negrume dos olhos desejados, olhos odiados.
Rio comigo mesmo.
Me dê um motivo, apenas um motivo...
Cansado de jogos de arco e flecha...
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