Eu só queria chorar, chorar até que meus olhos escorressem pela face.
Queria que essa coisa que chamam de alma fosse uma besta engaiolada que se libertasse.
Queria que essa coisa que chamam paixão fosse um pássaro que se mata com uma pedra.
Queria que isso que bate no meu peito fosse uma máquina com ponteiros.
Queria que o herói fosse aquele que se esconde debaixo das cobertas ao som do relâmpago.
Queria que a pele fosse plástico, que o nervo fosse aço, que o osso fosse gesso.
Queria que a morte fosse dança.
Queria que o mundo fosse sonho.
Queria que o corpo fosse oco.
Queria que tudo o que quero fosse o que é.
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